Vistosas e populares, existem duas bandeiras, na cidade de Cusco, que são confundidas frequentemente.
A bandeira de Cusco traz um emblema que resistiu ao passar do tempo e às adversidades da história, e costuma ser confundida com a bandeira da popular comunidade LGBT. Ambas são coloridas e chamativas, e muito parecidas, já que suas cores, dispostas em listras horizontais, representam o esplendor do arco-íris.
Semelhanças
A primeira coisa que chama a nossa atenção é que os dois estandartes, em sua composição, apresentam as mesmas cores. Portanto, se você já confundiu uma com a outra, releve, pois isso também acontece com muitos viajantes. O segundo ponto a mencionar é que ambas as bandeiras surgiram na década de 1970.
Diferenças
O estandarte cusquenho possui sete cores, enquanto o símbolo da comunidade LGBT possui seis. A bandeira cusquenha tem sete cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul claro, azul e roxo. Por sua vez, as cores da comunidade LGBT são as mesmas, com exceção do azul claro.
Sabe-se também que, em 2021, o Conselho da Prefeitura Provincial de Cusco tomou uma decisão histórica, ao incluir o escudo de Cusco no centro da bandeira, também conhecido como Sol de Echenique, criando assim uma diferença mais marcante entre os dois emblemas mencionados.
Breve história da origem da bandeira de Cusco
Na vibrante história da bandeira de Cusco, encontramos uma fascinante mistura de cor e simbolismo, que nos leva através dos intrincados caminhos de sua evolução e significado.
Por um lado, diz-se que a bandeira cusquenha surgiu quando Raúl Montesinos Espejo, fundador da Rádio Tawantinsuyo, introduziu a bandeira na década de 1970, como uma homenagem à cultura inca. No entanto, sua associação com o Tahuantinsuyo tem sido objeto de controversia, pois a historiografia peruana sustenta que os incas nunca tiveram uma bandeira.
Por outro lado, segundo o ex-prefeito cusquenho, Julio Gilberto Muñiz Caparó, foi durante sua gestão municipal (1975-1980) que foi adotada a ideia da bandeira cusquenha, à sugestão da franco-peruana Flora Tristán.
Breve história da origem da bandeira LGBT
A famosa bandeira do arco-íris, criada pelo artista e ativista Gilbert Baker, em São Francisco, no final dos anos 70, é um símbolo icônico do movimento LGBT. Foi Harvey Milk, ativista e político, quem encomendou a Baker um design para a marcha do Dia da Liberdade Gay, em 1978. Tragicamente, pouco depois do pedido, Milk foi assassinado, mas seu legado viveu através das bandeiras que começaram a tremular pelas ruas de São Francisco, aumentando rapidamente a sua popularidade.
Conclusão
Podemos concluir dizendo que tanto as bandeiras de Cusco, como a da comunidade LGBT, apesar de sua semelhança visual impactante, representam histórias e significados completamente diversos. Embora ambos os estandartes exibam uma gama de cores, que refletem a diversidade e o esplendor do arco-íris, suas diferenças são palpáveis. Enquanto a bandeira de Cusco mergulha na rica história cultural da região, sua origem se entrelaça na disputada narrativa da herança inca. Por outro lado, a bandeira LGBT é reconhecida por muitos como um símbolo da luta pela igualdade e aceitação. Dois emblemas, duas histórias, um arco-íris que abraça a singularidade e a identidade de cada um.
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