Bem-vindos às espetaculares festas de Cusco para 2025! Cada mês desse novo ano, a cidade vai se encher de magia, cor, cultura e história oferecendo uma série de eventos repletos de tradição e alegria. Este ano, vamos nos vestir de gala para receber visitantes de todas as partes do mundo, ansiosos para vivenciar as encantadoras celebrações cusquenhas.
Em Cusco, essas datas tão especiais não são apenas uma celebração, mas uma manifestação da história ancestral que se entrelaça com a modernidade. Durante as festividades típicas, as ruas ganham vida com deslumbrantes desfiles, danças folclóricas e trajes vibrantes que refletem a diversidade cultural e a identidade da cidade.
Ao longo do ano, temos uma série de eventos que homenageiam as antigas divindades incas, assim como festividades que comemoram eventos históricos e religiosos, transformando cada canto de Cusco em um grande palco ao ar livre. Desde a majestosa Praça das Armas até os encantadores bairros tradicionais, cada espaço vai te contagiar com sua energia festiva.
Anime-se a vir explorar a riqueza cultural de Cusco e a conhecer a calorosa hospitalidade de seu povo. As festas de Cusco em 2025 prometem uma viagem inesquecível que fará você descobrir a encantadora tradição peruana.
Neste blog, explicamos as festividades de cada mês para que você possa planejar melhor a sua viagem e assim aproveitar ao máximo as nossas tradições. Não perca!
- 6 de Janeiro: Dia de Reis
- 20 de Janeiro: Festa de São Sebastião
- 27 de Fevereiro a 16 de Março: Carnaval em Cusco
- 13 a 20 de Abril: Semana Santa
- 3 de Maio: Festa da Cruz ou Cruz Velacuy
- 19 de Maio: Senhor de Torrechayoc na cidade de Cusco
- 26 a 29 de Maio: Senhor de Qoyllorit’i
- 19 de junho: Corpus Christi Cusquenho
- 24 de Junho: Inti Raymi
- 15 de Julho: Virgem do Carmen – Paucartambo, Pisac e Huarocondo
- 1º de Agosto: Dia da Pachamama
- 1º de novembro: Todos os Santos
- 31 de dezembro: Ano Novo
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6 de Janeiro: Dia de Reis
A “Dia de Reis” em Cusco é uma festividade icônica que combina tradições e costumes religiosos da região. Este evento ocorre todo dia 6 de janeiro e marca o fim das festas natalinas. Nesse dia, é representada a chegada dos Três Reis Magos (Melchior, Gaspar e Baltazar) a Belém, local de nascimento do Menino Jesus. Corresponde no Brasil ao nosso Dia de Reis
A festa começa com uma colorida procissão que percorre as principais ruas do centro histórico, destacando a impressionante arquitetura colonial e as antigas ruínas incas que cercam a cidade. Os Reis Magos seguem o cortejo a cavalo até o presépio, localizado na Praça das Armas de Cusco. Eles são sempre acompanhados de muita música tradicional, danças folclóricas e vestimentas típicas que refletem a identidade cultural da região. As pessoas que acompanham a procissão normalmente carregam consigo objetos simbólicos representando a riqueza cultural e histórica de Cusco, além de imagens dos Reis Magos.
Durante a “Dia de Reis”, as ruas de pedra de Cusco ficam repletas de diversas tonalidades e empolgação, enquanto os habitantes locais e os visitantes se reúnem para desfrutar desse evento tão especial. Na chegada ao presépio, ocorre uma cerimônia religiosa emocionante que inclui orações, cânticos e a adoração ao Menino Jesus. Os laços espirituais da comunidade se fortalecem nesse momento de reflexão e devoção, mantendo viva a importância da fé na vida cotidiana.
Como é sabido, o Peru é um país gastronômico, e durante a “Bajada de Reyes” você pode encontrar infinitas opções de pratos locais. Seus moradores e visitantes têm a oportunidade de experimentar os sabores autênticos da região, graças à variedade de pratos típicos oferecidos nos mercados e barracas de rua.
A “Dia de Reis” em Cusco é uma festividade que integra a fé à cosmovisão andina, criando um evento único que ressalta a identidade dessa cidade histórica peruana. Com essa festa, iniciamos a magia dos segredos escondidos nessa cidade milenar, vivenciados, mês a mês, por meio de experiências inesquecíveis.

20 de Janeiro: Festa de São Sebastião
A festa do Padroeiro de São Sebastião é uma celebração que remonta a pouco depois da chegada dos espanhóis ao Peru. Naquele momento histórico, esta imagem religiosa foi levada para o sul da cidade de Cusco, tornando-se o protetor dos habitantes incas daquela época. Curiosamente, este santo, no Brasil, é comemorado na mesma data.
Nesta cidade, a festividade em sua homenagem encontra-se profundamente enraizada à cultura local, combinando tradições religiosas e culturais de forma envolvente e significativa. Durante essa celebração, a praça de São Sebastião se torna o epicentro da festa, atraindo moradores e visitantes com seus trajes coloridos, belas coreografias e a degustação de pratos típicos da região de Cusco.
O dia 20 de janeiro é uma data inesquecível para vivenciar a Festa do Padroeiro de São Sebastião, na Praça que leva o mesmo nome do santo festejado, São Sebastião, Cusco. O início deste dia é marcado por uma entrada triunfal liderada pelas autoridades locais e pelos patrocinadores, seguida pela apresentação de até 25 danças diferentes em um único dia. Os trajes coloridos e os ritmos enérgicos tomam conta do bairro, enquanto o aroma irresistível das comidas típicas de Cusco, como o Chiriuchu e o cuy assado, atrai os participantes a saborear a gastronomia local e a se envolver completamente nesta celebração.
A Praça de São Sebastião se torna um ponto de encontro, reunindo todas as danças e grupos que participam da festividade. Ela está localizada ao sul de Cusco e é possível chegar lá em apenas 10 minutos, embarcando em um ônibus urbano nas proximidades da Praça das Armas.
Essa experiência única funde, de maneira incomparável, o espiritual e o festivo. É um espetáculo audiovisual único, que reflete a riqueza cultural cusquenha e a devoção da comunidade ao seu padroeiro, São Sebastião.


27 de Fevereiro a 16 de Março: Carnaval em Cusco
O Carnaval em Cusco é uma festividade ancestral que ocorre durante o mês de fevereiro ou março, dependendo do calendário, combinando elementos da religião católica com a cosmovisão andina. Eles representam uma manifestação cultural complexa que abrange vários aspectos, incluindo a celebração da fertilidade, o agradecimento à Pachamama, a purificação e a união da comunidade. Esses elementos refletem aspectos importantes da cultura e das crenças dos povos andinos da região. Em Cusco, os Carnavais duram várias semanas. Em 2025, o dia central será 9 de março, embora as semanas anteriores e posteriores também estejam repletas de celebrações.
A Yunza
Essas festas começam com desfiles de grupos e carros alegóricos, percorrendo as pitorescas ruas, nos diferentes bairros da cidade. Os participantes se apresentam com trajes que representam a diversidade cultural da região, exibindo uma gama de cores vivas e chamativas. Outra das tradições emblemáticas é a “yunza“, em que uma árvore decorada com presentes se torna o centro das atenções. Os participantes devem dançar em círculo, ao redor dessa árvore e, com a ajuda de um facão, tentar derrubá-la para pegar um dos presentes. Diferentes grupos de famílias e amigos se reúnem, geralmente aos domingos durante o mês de carnaval, para realizar essa tradição.

Dia dos Compadres e das Comadres
Outro evento que acontece durante o carnaval cusquenho é o dia dos compadres e o dia das comadres, celebrados na primeira e na segunda quinta-feira do mês de fevereiro. Essas datas celebram os laços familiares e de amizade, e se destacam pela peculiaridade da criação de bonecos caricatos dos compadres e das comadres. Esses bonecos ridicularizam algum personagem do bairro, do local de trabalho e, ocasionalmente, de autoridades, com o propósito de destacar características do personagem para transmitir mensagens à sociedade, buscando sempre não cair na falta de respeito ou insolência.
Para a confecção dos bonecos, são usados materiais reciclados como caixas de papelão, plásticos, garrafas, roupas e calçados em desuso. Depois de prontos, eles geralmente são colocados em postes ou locais visíveis para melhor apreciação. Assim, no dia da festa, podemos encontrar diferentes bonecos em frente aos mercados, lojas, empresas, museus, centros educacionais e muitos outros lugares.
Guerra de Água e Cores
O carnaval em Cusco também se caracteriza pela brincadeira dos participantes de jogarem água, talco e mistura de cores, uns nos outros, elementos que simbolizam a purificação e o renascimento, dando um toque divertido e colorido às ruas de Cusco. Após o dia principal (9 de março), pode-se desfrutar da oitava de carnavais ou “Kacharpari”, que ocorre uma semana depois (16 de março) na Praça de Armas de Cusco, com danças, jogos com água, espuma e uma variedade de pratos típicos festivos. Com a oitava de carnavais, essa importante celebração chega ao fim.
- Prepare-se para a batalha! Se você planeja ir até a praça para aproveitar o espetáculo do dia principal, use roupas confortáveis e que possam ser molhadas. Garantimos que você vai acabar encharcado! Além disso, leve munições para a guerra de água e espuma. Nos arredores da Praça das Armas, você encontrará vendedores de latas de espuma, balões de água e tintas de diferentes cores. Usar óculos de sol para proteger seus olhos é uma tática infalível para ganhar o combate.
E como as festas do Peru sempre incluem um grande banquete, não deixe de provar o famoso Timpu ou Puchero, um prato delicioso que consiste em ferver uma variedade de carnes e, em seguida, adicionar folhas inteiras de couve, batatas, moraya, grão-de-bico e arroz. Em uma panela à parte, são fervidas batatas-doces, pêssegos, peras e mandioca. Ambos os alimentos são servidos separadamente, de maneira semelhante ao “sancochado”, porém cobertos com uma folha de couve.
Também temos o saboroso Kapchi, um prato refrescante feito com favas, cebolas e batatas temperadas com leite e queijo, ao qual se adicionam cogumelos, sendo acompanhado de rocoto recheado e arroz, outro prato típico do Carnaval. Por fim, a frutillada, uma bebida preparada com chicha de jora e morango fervido com canela e erva-cidreira, que, após repousar por 8 dias, se transforma em uma deliciosa bebida servida com aguardente de cana.


13 a 20 de Abril: Semana Santa
A Semana Santa é uma festividade cristã que, assim como no Brasil, comemora a paixão, morte e ressurreição de Cristo. Em Cusco, a Semana Santa não é apenas uma celebração religiosa, mas uma experiência profundamente enraizada no cotidiano e na cultura da cidade. Desde o Domingo de Ramos, as ruas ganham vida com a visível devoção da população. É um momento de união e reflexão, onde a tradicional benção de Ramos marca o início de uma semana cheia de significado espiritual.
O dia central é a Segunda-feira Santa (14 de abril), quando as ruas se inundam com a procissão do Senhor dos Tremores, um momento de profunda reverência onde milhares de fiéis se reúnem na praça principal de Cusco para receber a bênção do Cristo moreno. A devoção é notável, refletindo a fervorosa fé do povo cusquenho, uma religiosidade que transcende as fronteiras da cidade e se espalha através dos meios de comunicação locais. Na Quinta-feira Santa (17 de abril), ocorre a Visita das 7 Igrejas, um percurso por alguns dos lugares sagrados mais importantes da cidade para recordar a vida de Jesus.
Na Sexta-feira Santa (18 de abril), a cidade mergulha em uma atmosfera de solenidade e tradição. Desde a Praça São Francisco, onde começa o via-sacra, passando pela Cruz do Papa em Saqsaywaman, até a feira de plantas medicinais na mesma praça, cada momento está impregnado de simbolismo e significado. As famílias se reúnem ao redor dos tradicionais 12 pratos, uma celebração culinária que representa a comunhão e a abundância em meio ao jejum e à reflexão.
Em cada canto de Cusco, a Semana Santa é mais do que uma celebração religiosa: é uma experiência que conecta o passado com o presente, a fé com a tradição e a comunidade com a sua história. É um momento para recordar, refletir e celebrar juntos, como uma grande família, unida pela devoção e pelo amor.

3 de Maio: Festa da Cruz ou Cruz Velacuy
A Cruz Velacuy é um costume cultural ancestral praticado em várias comunidades dos Andes, como uma manifestação de devoção e sincretismo religioso. Este evento tem raízes profundas na Semana Santa e combina elementos da religião católica com crenças indígenas pré-colombianas.
O objetivo principal dessa celebração é render culto às cruzes, símbolos sagrados, localizados nas diferentes igrejas. Durante os dias de vigília, as cruzes de vários templos, igrejas e/ou famílias são veneradas com música, danças, comida e orações, em típicas reuniões cusquenhas. E como nasceu a festa das cruzes em Cusco? Segundo a história, a celebração teria se originado na época colonial, quando os espanhóis introduziram a festa das cruzes com o objetivo de fazer com que os habitantes deixassem de adorar seus deuses, os Apus, e as divindades sagradas da região.
- O terremoto que mudou tudo: A festividade não era tão celebrada até o ano de 1950, quando Cusco foi atingida por um forte terremoto que destruiu e danificou importantes partes históricas da cidade. Naquele momento, a população se apegou à religião, o que gerou o aumento e o fervor pela celebração da Cruz.
Desde então, os cusquenhos aguardam a madrugada de 2 de maio para realizar a respectiva vigília das cruzes nos diferentes templos, igrejas e nas famílias que ainda mantém uma cruz em casa, tradição que, com o tempo, se tornou um costume passado de geração em geração. No dia central (3 de maio), as cruzes são decoradas com flores, luzes e outros elementos decorativos durante a Cruz Velacuy, criando um ambiente festivo e espiritualmente solene. Os participantes participam de danças tradicionais, expressando sua devoção através da música e do movimento.
A festa começa com a Missa de Festa, a cruz é transferida do Santuário onde se encontra, para a casa do patrocinador (se for uma Cruz móvel), onde é recebida com danças e música. Isso é diferente das cruzes fixas, que não podem ser movidas e cujas celebrações são locais. Os convidados e os devotos levam velas e rezam a noite toda. Nesse mesmo dia, é revelado o nome da pessoa que receberá a responsabilidade pelas celebrações do próximo ano. A festividade termina com a Missa de Despedida, seguida de uma festa.

19 de Maio: Senhor de Torrechayoc na cidade de Cusco
A celebração do Senhor de Torrechayoc, padroeiro da cidade de Urubamba, é uma das festividades religiosas do Vale Sagrado. O dia principal é uma data móvel dentro do mês de maio, assim como variam os locais onde acontece: desde a praça central, passando pelas igrejas até o estádio da cidade, um lugar peculiar, mas que é capaz de concentrar uma grande quantidade de pessoas. Os fiéis cusquenhos, assim como os turistas nacionais e estrangeiros, se reúnem com uma empolgação contagiante para prestar homenagem ao Senhor de Torrechayoc no dia principal.
Durante a segunda semana de maio, em um sábado, começam as celebrações de adoração. O evento principal é uma missa em honra ao Senhor de Torrechayoc, que não é realizada em uma igreja, mas em um estádio. Após a missa eucarística, os fiéis dançam em devoção à ele. Depois de cerca de trinta danças apresentadas, ao anoitecer, ocorre uma saudação que os seguidores prestam ao Senhor, visitando seu templo, acompanhada de queima de fogos de artifício e de um castelo construído também em honra ao Santo Padroeiro.
Também existem vários mitos sobre a origem de seu culto, um dos quais afirma que começou no meio do século XIX, quando foi colocada uma grande cruz no meio da neve, com a imagem do Senhor de Torrechayoc em seu centro. Segundo a história, muitos peregrinos tiveram diferentes sonhos e revelações quando o Senhor da Cruz lhes falava sobre o intenso frio e as geadas sofridas por ele no local. O pároco local ouviu os relatos e, devido aos vários testemunhos, ordenou o traslado da Cruz para Urubamba, onde é cultuado até hoje.

26 a 29 de Maio: Senhor de Qoyllorit’i
Na região de Cusco, Peru, celebra-se todos os anos a festividade do Senhor de Qoyllurit’i, uma divindade andina muito venerada na área do nevado Ausangate. Esta celebração combina elementos da religião católica com as crenças indígenas, criando uma experiência única que reflete a rica diversidade cultural da região.
A festividade começa no dia da Santíssima Trindade, com uma procissão até o santuário do Senhor de Qoyllurit’i, onde se presta homenagem à imagem milagrosa. Durante a noite, cerca de 200 comparsas fazem sua saudação oficial ao Senhor, acompanhadas por dançarinos que simbolizam personagens míticos. Durante a festividade, os fiéis realizam uma procissão até o nevado com suas bandeiras e símbolos religiosos. A dança dos “ukukus” ou “ursos andinos” é um dos momentos mais importantes. Os “ukukus” desempenham um papel essencial na tradição, sendo responsáveis pela manutenção da ordem nas festividades tradicionais, garantindo que os visitantes respeitem os lugares sagrados do nevado.

Na manhã seguinte, a serenata inclui danças e cerimônias litúrgicas que homenageiam o Cristo milagroso. Depois, um grupo de Queros (comunidade quechua descendente da época incaica) parte para o alto do nevado em busca da Estrela de Neve e voltam trazendo blocos de gelo para suas comunidades. A procissão culmina em Cusco, com as festividades do Corpus Christi, e com suas ruas repletas de música e cor.
- Conta a lenda… As lendas locais sobre o Senhor de Qoyllurit’i narram a aparição milagrosa de uma imagem de Cristo na rocha do nevado. Esta imagem é considerada sagrada e acredita-se que aqueles que a veneram com devoção recebem bênçãos e favores divinos.
Esta celebração é um exemplo fascinante de sincretismo cultural, sendo a fusão dos costumes religiosos indígenas com a religião católica retratados na festividade do Senhor de Qoyllurit’i. A música, a dança e os rituais ancestrais se combinam com as cerimônias cristãs para criar um evento grandioso e espiritual.


19 de junho: Corpus Christi Cusquenho
O Corpus Christi cusquenho, enraizado na tradição da cidade imperial, funde os costumes dos povos originários em um espetáculo impressionante que cativa tanto os moradores locais quanto os visitantes.
Nos tempos incas, as festividades homenageavam os ancestrais e deuses como o Taita Inti e a deusa Killa (deusa da lua). A festividade principal, dedicada ao Inti (o sol), costumava envolver procissões de múmias dos soberanos importantes. Com a chegada dos espanhóis e da religião católica, esses restos foram substituídos por imagens da virgem e outros santos católicos. Assim, instaurou-se a tradição do que hoje conhecemos como o Corpus Christi Cusquenho.
Atualmente, é uma das festas mais importantes do calendário religioso da região, e foi declarada Patrimônio Cultural do Peru. O Corpus Christi é celebrado 9 semanas após a Quinta-feira Santa (Semana Santa), portanto, em 2025 será celebrado no dia 19 de junho. A festividade começa no dia anterior à procissão central. Na véspera da celebração, os santos partem de suas igrejas acompanhados por fiéis e por música regional, percorrendo longas distâncias até chegar ao Arco de Santa Clara e à Igreja de São Pedro. A procissão culmina na catedral, onde é celebrada a missa em quechua e a procissão dos santos, seguida de danças e celebrações até a oitava. Este evento é vivido com grande devoção, e os santos são vestidos com seus melhores trajes para serem adorados pelos fiéis.
- ANTICIPE-SE: Esta festividade costuma ser muito concorrida. Planeje seu dia para chegar ao evento com antecedência. Se desejar um lugar com vista privilegiada, reserve com muita antecedência em um dos restaurantes com varanda na Praça de Armas.

24 de Junho: Inti Raymi
Inti Raymi, cujo significado em quechua significa “Festa do Sol”, é uma antiga celebração inca em honra ao deus Inti, o deus do sol. Todo ano, nos Andes, especialmente em Cusco, no Peru, essa comemoração é realizada em homenagem à divindade que desempenhava um papel importante na cosmovisão inca, representando a fonte de vida e a energia para suas comunidades.
A cerimônia do Inti Raymi era importante para os incas desde a época pré-colombiana. Originalmente, a festividade estava associada à colheita e ao solstício de inverno no hemisfério sul, que marcava o início de um novo ciclo agrícola. A celebração foi proibida com a chegada dos espanhóis, a colonização e a imposição do catolicismo, mas algumas comunidades conseguiram mantê-la de maneira clandestina até que foi revitalizada e transformada em um evento público em meados do século XX.

A cerimônia do Inti Raymi era importante para os incas desde a época pré-colombiana. Originalmente, a festividade estava associada à colheita e ao solstício de inverno no hemisfério sul, que marcava o início de um novo ciclo agrícola. A celebração foi proibida com a chegada dos espanhóis, a colonização e a imposição do catolicismo, mas algumas comunidades conseguiram mantê-la de maneira clandestina até que foi revitalizada e transformada em um evento público em meados do século XX.
Todo ano, muitos turistas nacionais e internacionais visitam nossa cidade em junho, já que esse é o mês jubilar de Cusco e é possível presenciar grandes celebrações pelas ruas. Muitos até vêm exclusivamente para participar da cerimônia do Inti Raymi no dia 24 de junho. As danças, a música, as procissões e as representações teatrais recriam as tradições e rituais incas. Na fortaleza de Sacsayhuamán, próxima à cidade de Cusco, grandes cerimônias são realizadas em honra ao sol, agradecendo pelas futuras colheitas.
- Uma viagem através da história: O Inti Raymi é uma oportunidade única de mergulhar na história dos incas e descobrir seu modo de vida. Faça sua reserva com antecedência! Junho é o mês mais turístico do ano em Cusco, então não perca tempo e planeje bem a sua viagem para aproveitar essa data tão especial.
Durante o Inti Raymi, os participantes se vestem com trajes tradicionais, adornam-se com têxteis e joias vibrantes e vivenciam a espiritualidade da cultura inca. A celebração é uma oportunidade de preservação e difusão dos costumes ancestrais, além de promover o turismo cultural e o orgulho pela identidade peruana.
O Inti Raymi estabelece o profundo vínculo entre os povos andinos, a natureza e suas crenças espirituais. A celebração não só rende homenagem ao deus sol, como também destaca a capacidade das comunidades indígenas de resistir e superar os desafios históricos. O Inti Raymi continua sendo um evento importante que honra e preserva a rica cultura do Peru e o legado inca até hoje.



15 de Julho: Virgem do Carmen – Paucartambo, Pisac e Huarocondo
Paucartambo é uma pitoresca localidade situada a 2 horas de carro da cidade de Cusco, Peru. É conhecida por ser o cenário de uma das festividades mais importantes da região: a Festa da Virgem do Carmo.
Esta data é comemorada todo ano no mês de julho, sendo uma mistura de tradições religiosas católicas e de elementos culturais andinos. Durante a festa, a imagem da Virgem do Carmo segue em procissão pelas ruas da cidade, acompanhada de danças folclóricas, música, trajes coloridos e máscaras pitorescas.
A Festa da Virgem do Carmo em Paucartambo é famosa por suas danças tradicionais, como os “qapac qolla”, “pablitos” e “chunchachas”, que são executadas por grupos de dançarinos locais. Essas danças representam histórias e lendas da região, sendo uma parte fundamental da celebração. Além disso, Paucartambo é uma bela cidade que preserva sua arquitetura colonial, com prédios brancos e varandas de cor azul. Todos esses elementos fazem desta festividade uma explosão preciosa de cores em um cenário encantador.
A Festa da Virgem do Carmo em Paucartambo é considerada uma das celebrações mais importantes e coloridas da região de Cusco, atraindo milhares de pessoas de diversas partes do país e do mundo para vivenciar essa experiência cultural única. Além das atividades religiosas e culturais, a festa também inclui feiras, mercados artesanais e eventos sociais onde moradores e visitantes podem desfrutar da gastronomia local e participar das várias atividades festivas.
Huarocondo (província de Anta) e Pisac (no Vale Sagrado) são locais onde a festa da Virgem do Carmo também é uma ocasião importante. Durante essa festividade, também realizam-se atividades religiosas, como missas e procissões, além de eventos culturais, como danças tradicionais e feiras.

1º de Agosto: Dia da Pachamama
A Pachamama é uma figura central em muitas culturas indígenas da América Latina, especialmente nos Andes. Representa a Mãe Terra ou a Mãe Natureza, sendo venerada em diversos rituais e cerimônias que louvam e agradecem a sua função essencial em nossas vidas. Em Cusco, a Pachamama tem grande importância devido à tradição herdada dos Incas, que se baseava nos deuses da natureza, como o sol (Inti) e a lua (Killa).

Em algumas comunidades, o mês de agosto é considerado especial para prestar homenagens e mostrar gratidão à Pachamama. Durante este dia, alguns locais realizam cerimônias, rituais e oferendas para honrar e agradecer à natureza pelos recursos recebidos, pela fertilidade da terra e pela abundância que ela proporciona. Essas práticas geralmente envolvem a queima de oferendas, como folhas de coca, alimentos e outros elementos simbólicos.
É importante destacar que as tradições e práticas relacionadas à Pachamama podem variar entre diferentes comunidades e regiões. A conexão com a terra e a natureza é um aspecto fundamental em muitas culturas indígenas, e a veneração à Pachamama é uma expressão dessa conexão espiritual e cultural.


14 de Setembro: Senhor de Huanca
O Senhor de Huanca é uma figura religiosa venerada na região de Cusco, Peru. Seu santuário está localizado no distrito de San Salvador, a aproximadamente 48 quilômetros a nordeste da cidade de Cusco. Este local sagrado ganhou importância como centro de peregrinação e devoção.
De acordo com a tradição, a história do Senhor de Huanca remonta à época colonial, quando se diz que a figura de Cristo apareceu em uma caverna na região. Desde então, o local atrai milhares de peregrinos que buscam milagres e proteção espiritual. A festividade principal em honra ao Senhor de Huanca é celebrada no dia 14 de setembro, atraindo fiéis de várias partes da região.
O trajeto até o santuário é conhecido por sua beleza natural, já que os peregrinos atravessam paisagens montanhosas até chegar à caverna onde se venera o Senhor de Huanca. A devoção a essa figura religiosa se enraizou profundamente na cultura local, tornando-o um local de grande importância espiritual e cultural na região de Cusco. Milhares de cusquenhos visitam o santuário para realizar sua peregrinação.

30 de setembro: São Jerônimo
A festividade em honra ao Doutor Patrono São Jerônimo ocorre anualmente durante quatro dias, de 27 a 30 de setembro, sendo este último o dia principal da celebração. A imagem do Patrono São Jerônimo é retirada em procissão duas vezes ao ano, participando tanto das festividades cusquenhas do Corpus Christi quanto de sua celebração patronal no distrito de São Jerônimo de Cusco.
A organização dessa festividade fica a cargo dos patrocinadores, conhecidos como “carguyoq”, que assumem a responsabilidade de garantir a realização da festa. Esse papel geralmente é desempenhado por um casal comprometido com a fé e devoção, para colaborar na realização da festividade. Além disso, há um carguyoq central, natural de São Jerônimo, responsável por fornecer as vestes para a imagem do Doutor Patrono São Jerônimo e presidir a missa central em sua honra.

Os patrocinadores cuidam de toda a organização da celebração junto com a Irmandade de Cavaleiros do setor esquerdo e direito (representantes da paróquia e da Prefeitura Distrital de São Jerônimo) e a Associação de Danças Folclóricas de São Jerônimo, que reúne todos os grupos participantes. Esses grupos se reúnem com antecedência para coordenar os detalhes da organização das atividades festivas.
Durante os quatro dias da festividade, o carguyoq central deve fornecer café da manhã, almoço e jantar aos seus “hurk’ados” (colaboradores que contribuem financeiramente), buscando reconhecimento social e prestígio como principal colaborador da festa.
As atividades em honra a São Jerônimo incluem uma “entrada”, na qual os grupos se reúnem na casa do carguyoq, um desfile desde o campo esportivo de Cajonahuaylla até a igreja de São Jerônimo, e celebrações na praça com comida, dança e música, reservadas para cada grupo e seus convidados.

1º de novembro: Todos os Santos
Cada 1º de novembro, comemora-se o Dia de Todos os Santos, tanto no Peru quanto nas nações com forte tradição católica na América Latina e no mundo. Inicialmente, esta festividade estava estreitamente ligada aos santos, mas ao longo do tempo evoluiu.
Esta celebração, originalmente observada pelos fiéis da Igreja Católica, consistia em demonstrar respeito pelas almas daqueles que foram beatificados. Por isso, é denominado Dia de Todos os Santos, para honrar os beatos e santos canonizados que desfrutam da vida eterna junto ao Criador. No entanto, com o passar do tempo, o significado dessa festividade também passou a incluir uma homenagem aos entes queridos que já não estão entre nós.
A principal atividade do dia 1º de novembro é a visita aos cemitérios. As famílias se reúnem para lembrar os entes falecidos e levam oferendas para decorar os túmulos, como ramos de flores, cartas escritas, balões, alimentos e objetos que a pessoa gostava, para que possa desfrutá-los onde quer que esteja.

Em Cusco, realiza-se a cerimônia do batismo da tantawawa, um bebê feito de pão, uma tradição familiar que está desaparecendo com o tempo e que se busca preservar. Durante a cerimônia, há uma sátira com um falso sacerdote e seu assistente, que durante a “missa” comprometem os padrinhos a cumprir uma série de promessas para os “afilhados”. Após a cerimônia, começa a festa e a dança, onde as tantawawas, cheias de doces e chocolates, são entregues às meninas, enquanto os cavalos (também feitos de pão) são dados aos meninos. As tantawawas e os coloridos “pão cavalos” são irresistíveis para as crianças da família, e em muitos lugares preparam-se tantawawas enormes.
- Compre seu Pan Wawa: Em mercados locais como o Mercado San Pedro ou nas padarias tradicionais, você pode adquirir esse delicioso e divertido pão. Seu formato vai te surpreender!
Quanto à comida típica do Dia de Todos os Santos, é muito comum comer carne de porco. Em vários mercados e praças, como a Praça Tupac Amaru, há bancas improvisadas que oferecem o delicioso leitão, um prato feito de carne de porco assada no forno, além de tamales de milho cusquenho.

24 de dezembro: Santurantikuy
No dia 24 de dezembro, véspera de Natal, a cidade de Cusco, no Peru, abriga a tradicional feira de artesanato chamada Santurantikuy. “Santurantikuy” vem do quechua e significa “venda de santos”. Na Plaza de Armas de Cusco, os artesãos locais se reúnem durante este evento para vender uma variedade de itens, como artesanato, brinquedos, roupas e, especialmente, figuras e objetos religiosos relacionados ao Natal.
A venda de presépios e outras figuras religiosas usadas para decorar as casas durante a temporada natalina, é um dos destaques do Santurantikuy. Inúmeros visitantes locais e turistas frequentam a feira em busca de produtos artesanais, únicos e tradicionais, para suas celebrações de Natal. O Santurantikuy não apenas vende, mas também oferece atividades culturais, música e eventos para toda a família.

31 de dezembro: Ano Novo
A celebração do Ano Novo em Cusco é uma experiência única que mistura as tradições culturais ancestrais com a energia festiva da cidade imperial. Durante esta época do ano, a Praça de Armas de Cusco se transforma em um local vibrante de encontro, adornado com luzes natalinas e decorações que conferem uma atmosfera de encanto. Moradores e visitantes se reúnem aqui para dar as boas-vindas ao novo ano com muita música e um enorme espetáculo de fogos de artifício.
Além das festividades na Praça de Armas, Cusco oferece uma ampla gama de opções para celebrar o Ano Novo. Desde jantares elegantes em restaurantes até animadas festas de rua e eventos especiais em bares e boates, há sempre algo para todos os gostos e preferências. Os viajantes podem se imergir na vida noturna da cidade ou aproveitar a atmosfera festiva enquanto exploram as ruas iluminadas e os mercados cheios de produtos locais e souvenirs.
Uma tradição muito comum é realizar uma série de rituais para começar o ano com sorte. Aqui estão alguns deles:
- Vestir roupas amarelas: O amarelo está associado à boa sorte e à abundância, por isso muitas pessoas usam roupas ou acessórios amarelos neste dia.
- Comer 12 uvas: Cada uva representa um desejo ou um objetivo a ser cumprido durante os meses do próximo ano.
- Dar uma volta no bairro com uma mala: Nos primeiros minutos do ano, deve-se dar uma volta na quadra para atrair novas viagens e aventuras.
- Esconder-se debaixo da mesa: Esconder-se debaixo da mesa à meia-noite ou comer as uvas embaixo da mesa para atrair o amor.
- Lançar lentilhas: Por sua forma arredondada e parecida com moedas, as lentilhas são consideradas um símbolo de riqueza. Muitas pessoas as lançam no ar para atrair uma “chuva de prosperidade” no próximo ano.
Para quem busca uma experiência mais tranquila, os arredores de Cusco oferecem oportunidades para explorar a natureza e a história da região. Desde excursões às ruínas incas próximas, até caminhadas pelos impressionantes cenários dos Andes, há muitas maneiras de se conectar com a beleza e a serenidade dos arredores da cidade.
Celebre o Ano Novo em Machu Picchu: Muitos optam por passar o Ano Novo em Machu Picchu, como forma de iniciar um novo ciclo em meio à natureza e em um dos lugares mais energéticos do planeta. Os viajantes saúdam o ano novo desfrutando de vistas espetaculares, respirando o ar fresco e se maravilhando com a rica história e cultura da região.
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